terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nicotina

Planta originária do continente americano, o tabaco já era fumado pelos índios desde antes da chegada dos colonizadores europeus. Este hábito, como os demais de mascá-lo ou aspirá-lo, foi sendo adquirido também pelos viajantes europeus que vinham à América.

        Foi somente em 1560 que o uso do tabaco veio a tomar grande impulso na Europa, a partir da propaganda de Jean Nicot - diplomata francês cujo nome originou a palavra nicotina - de que ela possuía "maravilhosos poderes curativos". Foi Nicot que introduziu o seu uso na França.

O cachimbo no século XVII, o rapé e o hábito de mascar no século XVIII, assim como o charuto no século XIX, foram formas muito comuns do uso do tabaco nas respectivas épocas. Mas a grande "democratização" do consumo de tabaco veio a acontecer no século XX, com a expansão do hábito de fumar cigarro

Originário dos "papeletes" ou "papelitos" espanhóis do século XVII e do "cigarette" francês do século XIX, o cigarro se popularizou de forma impressionante no século XX, sobretudo depois da Primeira Guerra Mundial

Efeitos físicos e psíquicos

        Consumida por via oral ou nasal, a nicotina, componente do tabaco, é considerada uma droga estimulante. Não possui nenhum efeito terapêutico, provocando dependência física e psíquica. Provoca tolerância, ou seja, o organismo adapta-se a sua presença através de um processo biológico, e sujeita a síndromes de abstinência os indivíduos que param de fumar de uma maneira brusca.
        Entre as 4 mil substâncias existentes na fumaça do tabaco, a nicotina é a responsável pela dependência física, caracterizada por sintomas de irritabilidade, palpitação, tontura, ansiedade e fadiga.
            Aumento da pressão arterial, diminuição do fluxo sangüíneo para a pele, diminuindo a temperatura;
            Faringites, bronquites, falta de apetite;
            Perturbações da visão;
Diversos tipos de câncer;
Doenças cardiovasculares, angina, infarto.

Psicoestilmulante

 

Por que é tão difícil parar? Parar de fumar é difícil por que nosso corpo sente necessidade da nicotina encontrada no cigarro. Parar é mais do que largar um mau hábito. Seu corpo precisa parar de sentir falta da nicotina, daquilo em que você acabou se viciando. Chiclete de nicotina, pastilha ou adesivos podem ajudar a reduzir a ansiedade sem o efeito nocivo do cigarro. Seu médico pode também passar remédio para ajudar a minimizar o estresse. Você pode mascar tabaco quando está estressado. Ou talvez fume um cigarro com café. Quando parar, você precisará encontrar outras maneiras para fazer estas coisas. Por exemplo, ligue para um amigo ou faça respiração profunda quando se sentir estressado. Tente mascar chicletes sem açúcar em vez de acender um cigarro. E se eu me sentir mal quando tentar parar? Você pode se sentir ansioso, irritado ou triste quando parar pela primeira vez. Também pode ter problemas para dormir, e seu apetite pode aumentar. Mas você não se sentirá mal para sempre, este é só o período de abstinência. Além disso, os remédios podem ajudar. Mascar chicletes de nicotina pode minimizar a ansiedade e fazê-lo se sentir melhor.

            A nicotina age de duas maneiras distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem efeito tranquilizante, bloqueando o stress. Seu uso causa dependência psíquica e física, provocando sensações desconfortáveis na abstinência. Em doses excessivas, é extremamente tóxica: provoca náusea, dor de cabeça, vômitos, convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de apenas 50 mg/kg.
  

Dependência de nicotina


            Nicotina é uma droga que anda com péssimas companhias. Pouco contribui para as doenças causadas pelo cigarro, deixa o serviço sujo por conta das centenas de substâncias tóxicas resultantes da queima do fumo, inaladas ao mesmo tempo.
            É ela, entretanto, a responsável pela dependência química que escraviza o usuário. Não existisse nicotina nas folhas de fumo, o cigarro daria tanta satisfação quanto fumar um pé de alface.
Componentes químicos do cigarro
            Nicotina é uma droga psicoativa responsável pela maior parte dos efeitos do tabaco sobre o organismo e gera dependência física. A duração média da nicotina no sangue é inferior a 2 horas, e se a sua concentração for reduzida aparecem os sintomas que alertam o fumador para a necessidade de um novo cigarro.
            O fumo do cigarro contém muitas substâncias irritantes como a acroleína, fenóis, peróxido de nitrogénio, ácido cianídrico, amoníaco, etc., que provocam a alteração dos mecanismos de defesa do pulmão e a contração bronquial pela estimulação das glândulas secretoras da mucosa. Todas as substâncias tóxicas que contribuem para as neoplasias associadas ao consumo do tabaco, sendo a mais estudada o alfabenzopireno.
            Monóxido de Carbono é um gás incolor de elevada toxicidade presente em grande concentração no fumo do tabaco. Este gás tem uma grande facilidade em se associar a hemoglobina, diminuindo a capacidade de transporte de oxigénio.

Outros compostos químicos presentes no cigarro:
Acetaldeído - Produto metabólico primário do etanol no processo de transformação em ácido acético. É um dos agentes responsáveis pela ressaca.
Acetona - Solvente inflamável.
Ácido cianídrico - Cianeto altamente venenoso que bloqueia a recepção do oxigénio pelo sangue. Acroleína - Componente que provoca o mau hálito na boca.
Alcatrão - Substancia tóxica e cancerígena que ajuda ao desenvolvimento de vício. Ele obstrui as vias respiratórias.
Amoníaco - Químico perigoso utilizado em produtos de limpeza.
Arsénico - Componente altamente nocivo - veneno puro.
Benzopireno - Substância cancerígena que ajuda no processo de combustão - faz com que o cigarro não se apague.
Butano - Gás incolor, inodoro mas altamente inflamável.
DDT - Agrotóxico.
Dietilnitrosamina - Causador de lesões hepáticas.
Fenol - Ácido carbólico que corroi e irrita as nossas membranas mucosas. Caso fosse ingerido ou inalado seria mortal! Além de ser corrosivo afeta também o nosso sistema nervoso central.
Formol - Formaldeído.
Mercúrio - Metais pesados - Chumbo e cádmio. Um único cigarro contém 1 a 2 mg, como a média de vida destas substancias é de 10 a 30 anos, reduz a capacidade dos pulmões. Entre outros problemas também causa: dispnéia, fibrose pulmonar, enfisema, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago.
Metanol - Álcool metílico usado como combustível de foguetes e automóveis.
Monóxido de carbono - Gás inflamável e extremamente radioativo.
Naftalina - Substância cristalina branca, volátil, com odor característico antitraça.
Nicotina - É um alcalóide que também é usado como insecticida. Apesar de cheirar mal constitui o princípio ativo do tabaco, sendo a substancia que provoca o vício e o cancro nos pulmões.
Níquel - Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes - resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..
Pireno - Hidrocarboneto Cancerígeno - Utilizado como aromatizante.
Polônio - Extremamente radioativo.